Artigo
Integração Cooperativista: um dia para comemorar
Autor: Ricardo Costa Bruno
5 de março é o Dia da Integração Cooperativista! De fato, há muito para comemorar, pois as cooperativas – sociedade de pessoas – há muito tempo vêm transformando positivamente o cenário econômico-social do Brasil.
Com sua forma peculiar de atuação, haja vista que se trata de uma sociedade formada por pessoas com objetivos comuns, a cooperativa é constituída para prestar serviços aos seus cooperados. Assim, ao se instalarem em uma localidade, trazem consigo o desenvolvimento econômico e social, com geração de empregos e renda
O resultado disso decorre do claro profissionalismo empregado desde a gestão administrativa até chegar ao próprio cooperado, o que faz com que tenham uma excelente visão estratégica do mercado de sua atuação e, como consequência, um plano de ação bem definido e executado. Fruto dessa junção de fatores é um desejo imensurável de crescimento e diversificação de atuação em vários segmentos econômicos – não é à toa que, entre as grandes empresas do país, hajam também cooperativas listadas.
Atualmente, as cooperativas se encontram em sete ramos: agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, trabalho produção de bens e serviços e transporte. O interessante dessa atuação em diversos ramos é que o sistema cooperativista está presente em todos eles, pois os princípios e regras continuam firmes na cultura das cooperativas, independentemente do ramo, porte e local de atuação.
Dentro do desenvolvimento das próprias cooperativas, em seus diversos ramos, existe uma característica bastante marcante que é a intercooperação, em que as cooperativas operam entre si ou ainda se alinham para trabalharem em conjunto, fortalecendo suas bases e melhorando sua atuação em quaisquer das situações.
No mesmo ramo ou em ramos diferentes, o que se constatou na prática é que a intercooperação trouxe diversos ganhos não só para as cooperativas, mas também aos próprios cooperados.
A intercooperação é percebida, por exemplo, nas cooperativas de saúde, que se juntam para prestar o serviço ao cooperado independentemente do local onde ele se encontra. Também se vê nas cooperativas de crédito, onde o cooperado pode fazer uso dos terminais de autoatendimento, mesmo não sendo da cooperativa a que está vinculado.
Também há situações de cooperativas se unirem para implementar um complexo fabril, pois o custo para construção não seria possível para uma só cooperativa, ou ainda não haveria a produção necessária para o complexo construído. Assim, elas se juntam e conseguem recursos suficientes para o projeto, somando-se ainda a produção dos respectivos cooperados, que torna suficiente para os objetivos previstos.
Para finalizar a série de exemplos de intercooperação, há também as cooperativas centrais, onde várias cooperativas se unem com objetivo de centralizar as operações e assim ganhar em escala.
Tudo isso demonstra que é justo e necessário haver um dia exclusivo no ano para se destacar e comemorar a Integração Cooperativista! Parabéns a todos que fazem do cooperativismos ser o Brasil que deu certo!
Sobre o autor: Ricardo Costa Bruno é sócio do Martinelli Advogados e especialista em direito para cooperativas.
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