O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) anunciou que foi aprovada, pela maioria dos votantes, a greve geral da categoria por tempo indeterminado, a partir de 26/11/2024. Os auditores comunicaram que não haverá atendimento nem desembaraço de cargas a partir desta data.

O movimento grevista foi motivado em razão de um descumprimento pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI) do Termo de Compromisso 1 de 2024.  O documento previa que as negociações relativas à reestruturação de carreiras e reajustes do vencimento básico ocorreriam a partir da formação de mesas específicas e temporárias que deveriam ser instaladas até o mês de julho, porém, a mesa sequer foi aberta.

Em outubro, a categoria já havia comunicado a programação de atos públicos, paralisações de 24h e dias sem computador. Em novembro, o sindicato comunicou o início de paralisações de 48h todas as terças e quartas-feiras. As paralisações não surtiram efeito nas negociações e a categoria votou pelo início da greve geral na última assembleia, realizada no dia 21/11/2024.

Os auditores garantiram a continuidade dos serviços essenciais com a atuação de 30% do efetivo, bem como a liberação de cargas prioritárias definidas em lei (cargas vivas, perigosas, perecíveis, medicamentos, alimentos de consumo de bordo). Contudo, comunicaram que os demais serviços estão suspensos e que promoverão a desocupação de cargos em comissão e a vedação da ocupação de cargos vagos.

A paralisação vem em um momento em que o país está enfrentando diversos problemas logísticos, e promete comprometer ainda mais o comércio exterior brasileiro. Diante dessa situação, algumas empresas vêm buscando medidas judiciais para conter possíveis atrasos nas operações comerciais e logísticas.