Em tempos de juros altos, inflação crescente e incertezas de mercado, só é possível investir se pensarmos em recursos estratégicos, com taxas competitivas, carência e longo prazo de amortização.

Assim, a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), ligada ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), desenvolveu uma linha para instituições sem fins lucrativos, que se enquadra perfeitamente para cooperativas que desejam investir em tecnologia e inovação. Os projetos Finep estão atrelados ao desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços, mas é importante entender o que é considerado inovação para a Finep.

Muitos gestores acreditam que a inovação sempre precisa ser “disruptiva”, o que não é verdade. Caso uma cooperativa queira desenvolver no Brasil uma tecnologia existente em outro país, por exemplo, a Finep já entende isso como uma inovação. Caso algum concorrente no Brasil já tenha a tecnologia e a cooperativa precise desenvolvê-la para se manter competitiva no mercado, a Finep também entende como uma inovação.

São operações que hoje apresentam taxas de TR+4,3% a.a. quando a garantia for financeira, ou seja, fiança bancária ou seguro garantia, ou taxas de TR+5% a.a. quando da apresentação de garantias reais, composta por alienação fiduciária ou hipoteca de imóveis.

As operações Finep permitem incluir investimentos para os próximos 24 meses ou até 36 meses, dependendo do planejamento estratégico da cooperativa. Também são permitidos investimentos realizados até 6 meses da data de protocolo do projeto na Finep. A carência pode chegar até 3 anos, com mais 7 anos para amortização, completando 10 anos de operação.

Assim, é possível concluir que a Finep é uma das melhores opções disponíveis hoje no Brasil para quem tem um projeto de tecnologia e inovação para ser desenvolvido.

Osmar Bublitz, consultor do Martinelli Advogados especializado em Finanças Corporativas e captação de recursos para inovação